Ao olhar no espelho não vê o próprio reflexo, o espelho está
embaçado pelo banho morno, a mão pigmentada limpa as gotículas em um instante,
agora se olha de verdade, a lucidez o assusta, está admirado e assustado. O que
o mudou tanto? O que está vendo? Ah, que desespero, nem ele ao menos sabe. Essa
coisa de não saber o perturba, pois saber é como um trunfo na manga, sempre
útil em momentos necessários. Mas o que adianta? Ele não precisava de
respostas, o reflexo estava ali e dizia muitas coisas, só precisava parar e
escutar. “Sabe o que é... você nunca se olhou de verdade, sabe o que é... a
verdade assusta”. Finalmente soltou o ar dos pulmões, respirou como pela
primeira vez, era uma criança em terra de estranhos.
Andressa S.A
Muito bom mesmo, tem estilo. Ótimo clímax psicológico, que prende, surpreende, suspende a respiração, segura a atenção, comove, envolve. Desfecho grandioso, profundo e bonita imagem. Gostei!
ResponderExcluirOI DESA!
ResponderExcluirPASSEI PARA CONHECER TEU ESPAÇO, GOSTEI E TE SIGO.
ABRÇS
-http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Muito bom! Um texto que prende com passagens envolventes, muito bem escrito!
ResponderExcluirGrande abraço, sucesso e ótima semana!