quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Cheia

Querida amiga,
Estou cheia de palavras não ditas, de sentimentos não correspondidos, de emoções não vividas, sim, são mil coisas que me deixam pesada, quase a afogar no rio como uma pedra. Tão, tão dramática, sou mesmo, mas como não poderia?
Veja, o tempo está passando e eu continuo aqui feito estátua, o mármore é o meu escudo e a polidez a minha frieza, mas como posso combater o fogo? Ainda não aprendi.
Vivo neste ciclo vicioso, anormal e abstrato demais pra ser verdade. No entanto, ainda sinto com uma potência avassaladora, meus sentidos não me deixam em paz e sofro tristemente com saudades daquilo que nunca tive.
Já chega, preciso terminar, às vezes nem todos os finais são felizes, mas não poderia existir “recomeços” se não houvesse os “finais”.

                                                                  Andressa S.A

2 comentários:

  1. Sublinho!
    Não podia deixar de concordar. Por vezes precisamos da dor, de sofrer, do silêncio para que venha algo bem melhor. Precisamos de um final para um novo recomeço.

    ResponderExcluir
  2. Olá Desa, gostei muito de seu blog!
    Você escreve muito bem, seus textos são maduros e reflexivos!
    Grande abraço, sucesso e ótimo final de semana!

    ResponderExcluir