Marina estava apreensiva, mentira, ela estava
assustada, seria a primeira vez depois de muitos anos que um homem veria sua
cicatriz, mas não era um homem qualquer e nem uma cicatriz qualquer. Marina
havia contado tudo para o Uriel, ele sabia que a cicatriz em seu peito esquerdo
era resultado de um câncer de mama, ela já estava curada, mas ainda sentia
vergonha e temia nunca conseguir se curar desse sentimento.
Uriel abriu gentilmente os botões da blusa dela,
Marina, abaixou à cabeça envergonhada, ele deslizou a peça pelos os seus braços
finos até que caíssem ao chão. Ele fixou os olhos na cicatriz, não havia nojo
ou medo em sua fisionomia, aqueles pontos que substituíam o lugar do seio lhe
causavam orgulho, Uriel, sentia orgulho de Marina, de sua força e coragem, a
cicatriz em seu peito só comprovava que ela era a mulher que ele amava.
Uriel inclinou-se e beijou-lhe a cicatriz por toda a
sua extensão, ele só parou quando ouviu um soluço, Marina chorava, duas
lágrimas selvagens deslizavam em seu rosto, Uriel enxugou-lhe com os lábios e
inclinou o rosto de Marina, para que ela olhasse em seus olhos.
-Não há nada com o que se envergonhar – ele sorriu,
apaziguando todos os temores.
Marina temeu aquele dia desde que havia conhecido o
Uriel. Ela sabia que ele era diferente, mas agora ela tinha certeza.
Andressa S.A
E devería ser assim na família de todas as "Marinas".
ResponderExcluirUm beijo ♥