“Vlad Tedes
era um jovem visionário e guerreiro, filho de Vlad II e Cneajna da Moldávia.
Após assumir o trono ficou conhecido como Drácula (O filho do dragão) ou como
alguns supersticiosos diziam (O filho do diabo). Vlad fazia jus ao apelido de “O príncipe,
empalador”, pois todos os seus inimigos eram cruelmente torturados, queimados,
esquartejados ou como ele mais preferia, empalados ainda vivos.
Seu
coração era duro como pedra, nenhum amor o havia conquistado, seus romances
eram curtos o suficiente para não passarem da cama e sua personalidade
precisamente medonha para afastar qualquer pretendente que seus pais
arranjassem.
Até que um dia...”
O sono
abateu-se sobre a Amanda fazendo com que o livro que estava em suas mãos caísse
sobre o chão, o tapete felpudo de seu quarto amorteceu a queda, enquanto ela
entrava num sono profundo e misterioso.
x x x
x x x
Era
uma noite fria e silenciosa, o vento vindo do norte entortava as poucas árvores
da aldeia, o silêncio foi quebrado pelo som de galopadas aproximando-se da casa
da curandeira. Os dois cavalheiros desceram de seus cavalos trazendo um homem
de capuz preto e a perna machucada e por mais que eles tentassem ajudar, o tal
homem preferia mancar a deixar que eles o carregassem.
Os
cavalheiros arrombaram a porta e entraram assustando a moça que se encontrava
na cadeira de balanço, próximo ao pequeno resquício de fogo que iluminava a
casa.
- Você
é a Georgina?- perguntou o homem de capuz, sem formalidades.
- Não, ela morreu há dois dias.
- E quem é você?
- A filha dela- a moça olhou para o sangue
que escorria da perna dele- Eu posso ajudar. Minha mãe me ensinou tudo o que
sabia. Sente-se.
O
homem sentou-se na única cadeira que havia no cômodo e esticou sua perna
machucada. A moça cortou o tecido de sua calça, limpou o ferimento e colocou
algumas ervas medicinais que só ela sabia para que serviam e por fim estancou o
ferimento com um pano limpo e seco.
- Só isso?
- É o suficiente. Troque o curativo três
vezes durante o dia - ela olhou pra as mãos dele sujas- E mantenha suas mãos
limpas sempre que fizer isso.
- Qual o problema com elas?- ele perguntou, num
tom seco.
- Nada, mas se o senhor quiser que o
ferimento infeccione então elas estão perfeitas.
- Talvez eu volte amanhã para trocar o
curativo.
- E como eu saberei quem é? Mal posso ver o
seu rosto.
- Atenderei como Conde, apenas Conde. E como
eu posso chama-la?
- Amanda.
Andressa S.A
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