domingo, 24 de fevereiro de 2013

Pesadelo

 A dúvida prende meu ar, enquanto lágrimas soltas fogem para fora de mim. Tento gritar, mas onde está minha voz? Ela está engasgada feito um nó na minha garganta. Porque ninguém fala comigo? Vocês podem me explicar? Estão todos estáticos, paralisados, como se não estivessem vivos. Então percebo, não são eles, sou eu. Estou invisível, mas por quê?
 Corro o mais rápido possível, vejo logo adiante uma luz amarela alaranjada, não existem pessoas na rua e continuo correndo, meus pés vão ficando pesados, como se eu estivesse pisando em areia movediça, mas nem se quer penso em parar.
 Até que escuto uma voz vinda de longe, tão cristalina que faz minha cabeça latejar.

                                                       Acorda!

 Levanto-me de súbito, como um espantalho assustado procurando uma água fria, que me fizesse despertar daquele pesadelo.

                                                        Andressa S.A

3 comentários:

  1. Adorei a história,retrata muito bem um pesadelo.

    Beijinhos,
    Sofia ;)

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  2. E tem dias que a gente quer apenas se afastar e sair por aí feito pipa desgovernada. Mesmo que seja um pesadelo correr as vezes é uma forma de fugir de nós mesmos. Difícil ficar e encarar os fatos. Encarar a própria face, e depois os outros. As vezes queremos simplesmente fugir. Expressivo!

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  3. Um suspiro ao final do pesadelo.
    Um beijinho *

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