Eram tantos os motivos, mesmo que banais, mesmo que indiferentes para os outros. E as vezes sem motivo algum se derramava em lágrimas. Então como sempre acontecia o vento frio da noite marcava a hora de voltar pra casa. Ela tirou os pés mergulhados na água e se levantou para ir embora, foi quando ela viu o motivo das suas lágrimas ali em pé, não tão distante para poder evitá-lo.
A coragem a impediu de correr, mas o receio a paralisou diante dele. Eles se olharam como se houvesse algum segredo a ser desvendado, na íris negra escondida no fundo dos olhos. Então eles começaram ou terminavam aquela história antiga, não se podia dizer ao certo, pois uma frase interrompia a outra. Se passaram meia hora e a metade dela em silêncio. E por fim o vento frio marcava a hora de ir embora de dois seres, que se encontravam indiferentes ao sentir.
Seguiram caminhos opostos, deixando os sentimentos guardados no bolso.
Andressa S.A
Por vezes os sentimentos ficam guardados... tomam pó mas nunca são esquecidos... Maravilha de descrições! Obrigado por partilhar :)
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